sexta-feira, julho 07, 2006

Formação Tecnológica de Nível Secundário e de Nível Superior

Henrique Neto, Presidente do conselho de Administração da Iberomoldes SA, dando o exemplo do Japão, uma das economias mais competitivas do mundo, falou da importância de se apostar na formação.

Henrique Neto colocou a tónica da sua intervenção na importância do conhecimento e formação para o desenvolvimento económico, apontando como uma meta importante o reforço da comunicação entre o sector empresarial e outros sectores da sociedade, nomeadamente o educacional, o que na sua opinião não tem acontecido em Portugal.

Para o orador não há alternativa ao conhecimento/saber na sociedade moderna e não existe conhecimento útil sem modelos de educação adequados e sem estratégia de desenvolvimento (pessoal e profissional). Uma afirmação que lhe é cara “se acha a formação cara, tente a ignorância” exprime o cerne do seu pensamento nesta matéria. O objectivo é dramatizar o facto de que não existe alternativa ao conhecimento na batalha da competitividade das empresas e das nações. Podemos discordar da forma de aquisição do conhecimento, mas todos estamos de acordo com a necessidade de saber. Usando as suas próprias palavras, “O progresso económico e social de Portugal, no contexto da União Europeia e da globalização, passa pelo desenvolvimento de um sector produtivo moderno, gerador de produtos desejáveis nos mercados externos, que privilegie a inovação e a diferença. O factor humano qualificado, culto e com a adequada formação científica, mais o acesso fácil, rápido e barato ao mundo através de transportes e de comunicações de última geração, serão os recursos essenciais”.

Na sua opinião, a formação científica e tecnológica, em todas as fases de ensino, do pré-escolar ao universitário, assume uma importância determinante, mas que não deve ser isolada de outros elementos como o desenvolvimento dos comportamentos sociais positivos, como a identidade, o trabalho de grupo, a iniciativa, o rigor, a solidariedade, a responsabilidade ou a inovação. Outro dos elementos que o orador salientou foi a existência de equilíbrio entre a formação teórica e a formação prática, iguais em dignidade; a criação de objectivos nacionais, para aprendizagem do Português e da Matemática, em todas as fases do ensino; a criação de uma rede nacional de empresas formadoras e de centros tecnológicos que, pela sua modernidade e qualidade, na utilização das novas tecnologias, colaborem com as instituições de ensino na formação tecnológica dos jovens.
Particularmente no que respeita à revisão curricular, Henrique Neto considera que temos que ter sucesso nas escolas. Tendo sucesso a escola, tem sucesso o aluno e, consequentemente, o país.