segunda-feira, novembro 27, 2006

Agradecimentos (Projecto Entregue)

No início deste projecto deparámos com algumas dificuldades principalmente em relação ao modo de funcionamento das turbinas eólicas. A escolha deste projecto não teve só em consideração os fundamentos apreendidos por nós ao longo do bacharelato em Engenharia Mecânica mas também, a nossa curiosidade e interesse pelas Energias Renováveis, particularmente pela Energia Eólica. Como para calcular os esforços aplicados nos elementos mecânicos da turbina era necessário ter conhecimentos de Aerodinâmica, socorremo-nos dos Professores Engenheiros Rui d’Aguiar, João Sabino e Paulo Santamaria Gouveia. Esta foi das maiores dificuldades com que deparámos já que nenhum de nós tinha frequentado a cadeira de Aerodinâmica. Mas, para consolidar a ajuda dada pelos professores, consultámos diversos endereços de Internet e livros existentes na biblioteca do ISEL. Elementos que são identificados na Bibliografia deste trabalho.

Em relação à Mecânica de Materiais também tivemos o auxílio de alguns Professores, numerem-se os Engenheiros Chaves e Sousa, Casimiro Pinto, Silva Neves e Afonso Leite. Com a experiência destas pessoas foi possível perceber o porquê da utilização de diversos componentes e suas respectivas características técnicas.

No que toca ao software e ferramentas utilizadas temos um especial agradecimento aos Encarregados de Trabalhos Ricardo Freitas, Carlos Simões, Paulo Caldeira e Tiago Figueiredo. Sem eles não era possível a aprendizagem rápida de praticamente todos os softwares utilizados no projecto.

Por ser um Projecto que abrange todas as cadeiras e ferramentas utilizadas ao longo da nossa formação a nível do Ensino Superior, nomeadamente no ISEL, e por se tratar de um trabalho que praticamente é um TFC (Trabalho de Final de Curso – Bacharelato) aproveitamos a oportunidade para agradecer o apoio dos nossos familiares e dos nossos amigos ao longo de toda a nossa formação.

Projecto realizado por:
- Ricardo Reis
- Gonçalo Santos

quarta-feira, novembro 01, 2006

Energia Nuclear

Vantagens:
- É uma forma de energia que não emite nenhum gás de efeito estufa (dióxido de carbono, metano e óxido nitroso), nem nenhum gás causador de chuvas ácidas (dióxido de enxofre e óxido de nitrogénio); - Não emite nenhum metal carcinogênico, teratogênico ou mutagênico (arsénio, mercúrio, chumbo e cádmio); - Não liberta gases ou partículas que causem poluição urbana ou diminuição da camada de ozono.

Desvantagens:
- A construção dos reactores tem custos muito elevados;
- É uma energia de custos elevados devido aos sistemas de emergência, de contenção de resíduos radioactivos e de armazenamento;
- As consequências de acidente são catastróficas. Por exemplo o acidente de Chernobyl, em 1986, causou inúmeras mortes e vastas zonas foram contaminadas pela radioactividade;
- Risco de fugas de radiação dos reactores mesmo bem isolados;
- A água que arrefece os reactores por vezes aparece com elevados níveis de radioactividade;
- Acumulação de lixos radioactivos.

Eu sou contra a implementação deste tipo de energia no nosso país, acho que sendo Portugal um país de dimensões tão reduzidas era um erro estarmos a condenar uma área significativa única e exclusivamente aos efeitos nefastos da produção de energia nuclear.
Em relação à segurança acho que neste momento, se um país quer implementar centrais de energia nuclear tem de ter meios para controlar a segurança destas infra-estruturas. Portugal não tem, por exemplo, meios de força-aérea suficientemente eficazes para prevenir ataques terroristas. Sei que há muitas pessoas com opiniões diferentes da minha e por isso peço para que comentem este post.

Aquecimento por Energia Solar

A obrigação de instalar painéis solares nos edifícios destinados a habitação, decidida pelo Governo a 26-01-2006 na habitual reunião de Conselho de Ministros, vai permitir poupar mais de metade da factura de gás ou de electricidade das famílias.

As contas são simples. A energia solar, numa aplicação básica, serve essencialmente para aquecimento de águas. Este factor corresponde a cerca de 70% do consumo de gás numa habitação. Levando em linha de conta que a energia solar térmica é 80% mais barata que a electricidade ou o gás, a poupança ronda os 56%.


Mas as contas, para serem certas, têm de ter ainda em linha de conta a instalação do equipamento. "Hoje em dia, para uma família de três ou quatro pessoas, um painel solar custa à volta dos 1900 a 2000 euros". O investimento corresponde ao aquecimento de uma caldeira de cerca de 200/250 litros, considerada suficiente para um agregado do tamanho referido. E isto numa habitação unifamiliar, já que se se tratar de um edifício de condomínio a factura para cada habitação poderá baixar para 1500 euros, devido à economia de escala. Já uma família de 6 a 7 pessoas necessita de uma caldeira de 300 litros, cujo investimento, em termos solares, rondará os 2500 a 3000 euros. De realçar ainda que actualmente os kits solares já vêm equipados com resistências eléctricas ou caldeiras a gás ou gasóleo para apoiar dias sem sol.


A amortização do investimento também está estudada. "Se estiver a substituir gás butano [de garrafa] por energia solar, o investimento está pago em 5 ou 6 anos". Como actualmente as melhores marcas garantem uma utilização do equipamento, sem necessidade de qualquer intervenção, de cerca de 15 anos, "estamos a falar de cerca de dez anos de energia «à borla»". Se a substituição em causa for sobre electricidade ou gás natural, acrescenta-se um ano à amortização, ou seja, entre seis a sete. Refira-se ainda que a energia solar térmica está actualmente taxada a 12% de IVA (IVA reduzido), sendo o investimento inicial passível de abatimento à colecta de IRS, até um máximo de 700 euros ou 30% dos gastos totais.

Actualmente, a energia solar térmica - a que é vulgarmente instalada em edifícios de habitação e serviços - só está preparada para colmatar as necessidades de aquecimento de águas e ambiente, mas, dentro de pouco tempo, pode-se falar em fazer frio... através do Sol. No INETI está-se a preparar uma tecnologia que permite substituir o compressor de electricidade que é utilizado nos frigoríficos, e estima-se que dentro de um ou dois anos isso esteja disponível. A tecnologia já existe mas apenas aplicada a grandes infraestruturas. O desafio é pô-la ao serviço do cliente doméstico.

Outra questão é saber como é que o sector da construção vai adaptar-se à nova legislação. Recorde-se que a energia solar térmica voltou a ocupar a actualidade devido à indicação governamental de que, em breve, deverá estar pronta legislação que obrigue a que todos os edifícios novos ou requalificados tenham apoio desse género de equipamentos. Há duas maneiras de resolver o problema. "Ou os construtores deixam os edifícios prontos para instalação de painéis ou são eles próprios que contratam empresas do sector", sendo que a compra directa ao fabricante poderá trazer economias relevantes. No que diz respeito ao preço final para o comprador de uma fracção (apartamento), o incremento de preço é irrelevante. Estamos a falar de 2000 euros, no máximo, num apartamento que pode rondar os 150 mil a 200 mil euros.

A Energia das Águas

Em Portugal o potencial de aproveitamento de energia minihídrica está distribuído por todo o território nacional, com maior concentração no Norte e Centro do país.

O Decreto-Lei n.º 189/88 de 27 de Maio, abriu a actividade de produção independente de energia eléctrica a pessoas singulares ou colectivas públicas ou privadas, com o limite de 10 MW de potência instalada. Desde então até 1994 foram licenciados 120 empreendimentos de utilização de água para produção de energia. Destes 120 até a data apenas 44 estão em funcionamento, representando um total de 170 MW de potência instalada e uma produção de 550 GWh/ano.

Tendo em conta as antigas concessões, 34 minihídricas com uma potência total de 30 MW e 100 GWh/ano, e ainda 20 do SENV (Sistema Eléctrico Não Vinculado-Grupo EDP) com 56 MW e produtividade de 165 GWh/ano, o total de aproveitamento minihídrico situa-se actualmente em 98 centrais que correspondem a 256 MW de potência instalada e uma produção 815 GWh/ano.

No entanto, nos últimos anos tem vindo a ser muito reduzido o número de candidaturas, isto devido a vários factores como:
- dificuldades nos processos de licenciamento, onde intervêm uma série de entidades diferentes sem coordenação entre elas. - dificuldades na ligação à rede eléctrica por insuficiências da mesma. - a falta de critérios objectivos para a emissão de pareceres das diversas entidades. - restrições ambientais, em certos locais com potencial exploratório o impacte ambiental ou a legislação podem inviabilizar estes projectos. - a falta de recursos humanos face ao número de pedidos, leva a que os processos se tornem morosos.

Maior Central Fotovoltaica da Europa

A Central Fotovoltaica da Amareleja (Moura) vai finalmente avançar. Depois de vários adiamentos e da sua viabilização ter chegado a ser posta em causa, o Governo anunciou ontem que decidiu entregar a licença de estabelecimento para produção de energia eléctrica, pondo em marcha um investimento de mais de 400 milhões de euros.

A central, que está projectada para ser, aquando da sua inauguração em 2006, a maior do mundo no género, esteve em risco devido a divergências sobre encargos e subsidiação. Em nota de agenda para as redacções, o Ministério da Economia não explica o que é que entretanto foi possível avançar para se chegar ao anúncio agora efectuado. As divergências prendiam-se com a instalação industrial associado à produção energética, nível de subsidiação adstrito - recorde-se que, de entre as energias renováveis, a foto-voltaica é a mais cara - e problemas com o limite administrativo para produção de energia deste género. O anterior governo subiu esse limite dos 50 megawatts (MW) até 150 MW, mas mesmo assim os projectos já existentes ou assinalados por investidores privados (na sua grande maioria estrangeiros) ultrapassam esse limite. A Central da Amareleja, segundo dados recentes, deverá estar preparada para produzir 62 MW de potência.


Portugal chegou a ter problemas com este projecto da Amareleja, já que existem outros alternativos, nomeadamente para ocupar as desactivadas Minas de São Domingos. O projecto da Amareleja, para além de criar emprego numa zona deprimida, aproveita uma das zonas da Europa com maior exposição solar, a qual ronda as 3000 horas por ano, em média.

Luz Verde para a Energia Eólica

Está dada a "luz verde" para a instalação de 1200 megawatts de potência eólica em Portugal e autorizada a construção de sete fábricas para a produção de aerogeradores no nosso país. O presidente da Eólicas de Portugal diz que se trata do mais importante projecto industrial.

A partir de agora a Eólicas de Portugal pode começar a construir as sete fábricas, cinco das quais em Viana do Castelo, e a instalar os 48 parques por todo o país. É um projecto gigantesco que vai investir perto de 1.700 milhões de euros e criar 1.800 empregos directos e mais de 5 mil indirectos por ano.


As fábricas vão fazer a produção integral de 150 aerogeradores de última geração por ano, sendo que 60% se destina à exportação. Em pleno funcionamento será produzida energia que equivale ao consumo doméstico de um quarto da população portuguesa. Mesmo assim no futuro o preço da energia não vai custar menos.